Foi com base na sabedoria de tais práticas medicinais antigas que se desenvolveu a ciência tibetana da cura, Sowa Rigpa.
O conhecimento médico tradicional tibetano – que inclui as influências Bön – foi escrito, pela primeira vez, no séc. VII, no reinado de Songtsen Gampo.
Durante este período e nos séculos que se seguiram, as trocas culturais com os países vizinhos trouxeram novos conhecimentos médicos, nomeadamente da Índia com a medicina ayurvédica, da China, da Pérsia e da Grécia, que muito contribuíram para o desenvolvimento da medicina tibetana.
A introdução do budismo no Tibete teve também uma grande influência na medicina tibetana.
Algumas das heranças budistas mais importantes na medicina tibetana – a subtil rede de canais e energias, a consciência sensorial e o papel do lung – só podem ser compreendidas através do conhecimento do próprio budismo tibetano.
Yuthok Yonten Gonpo (708-833) é a figura mais importante da história da medicina tibetana.
Excepcionalmente dotado em conhecimentos médicos, foi o médico da corte do rei Trisong Deutsen e representou o Tibete na “Primeira Conferência Internacional de Medicina Tibetana” realizada em Samye.
Na sequência deste encontro, Yuthok escreveu o livro intitulado “Gyueshi”, “Os Quatro Tantras da Medicina Tibetana”, onde descreveu a teoria e práticas médicas da medicina tibetana.
Yuthok Yonten Gonpo fundou também a primeira universidade de medicina e trabalhou incansavelmente, até ao fim da sua vida, para o desenvolvimento da medicina tibetana.
“A medicina tibetana é fortemente influenciada pela prática e teoria budistas que realçam a interdependência indivisível da mente, do corpo e da vitalidade.
Enquanto sistema integrado de cuidados de saúde, a medicina tibetana prestou, durante séculos, um bom serviço ao povo tibetano e acredito que a longo prazo ainda poderá trazer muitos benefícios à humanidade”, Sua Santidade o Dalai Lama
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