No séc. VI, no Tibete, pela mão de Songtsen Gampo, deu-se início a um movimento de protecção do ambiente, segundo uma ética de não-violência, inspirada nos ensinamentos do Buda.
O solo, com a sua riqueza de minérios, a abundância de rios, as montanhas e as florestas, eram cuidados e protegidos de acordo com preceitos éticos budistas.
Esta visão manteve-se presente até aos dias de hoje na tradição do budismo tibetano. A deflorestação, a extracção de minérios e a poluição de rios não eram permitidas, e enfatizava-se o respeito pela terra mãe e pelos seres que a habitam.
O princípio de que existe uma interdependência entre o ambiente e os seres, entrelaçou os valores espirituais e ambientais, originando uma perspectiva sagrada do mundo natural.
É assim, que esta espiritualidade ambiental se expressava, por exemplo, através de peregrinações a montanhas e lagos sagrados e à colocação de stupas em locais específicos que harmonizassem subtilmente o ambiente.