Songtsen Gampo foi um dos principais reis da história do Tibete, que inaugurou o período imperial da história tibetana.
Considerado como o grande imperador da dinastia Yarlung que unificou o planalto tibetano até então composto por diversos reinos.
Songtsen Gampo reinou entre 617 d.C. e 650 d.C. e as suas actividades deixaram uma marca indelével nas diversas expressões da tradição tibetana. Após ter unificado o Tibete, o rei instruiu o seu ministro religioso para que convidasse uma princesa nepalesa e uma princesa chinesa para se tornarem suas consortes. Ambas trouxeram, dos seus próprios países de origem, uma estátua do Buda Shakyamuni.
Para acolher as referidas estátuas, o rei construiu os dois primeiros templos budistas no Tibete, o Ramoche e o Jokhang, em Lhasa.
Com o objectivo de criar um alfabeto tibetano, Songtsen Gampo enviou o seu ministro Thonmi Sambhota para a India, com a finalidade de estudar sânscrito. Fruto deste grande empreendimento, diversos textos budistas puderam ser traduzidos e o próprio conhecimento médico tibetano foi transformado em texto, pela primeira vez.
Para que a tradição budista pudesse realmente ser introduzida no Tibete, Songtsen Gampo convidou mestres budistas oriundos da India, do Nepal e da China, apoiando a tradução de numerosas textos budistas clássicos.
Considerado uma emanação de Avalokiteshvara, Songtsen Gampo edificou um reinado de acordo a doutrina budista, quer a nível espiritual, quer temporal, doutrina essa que permeou toda a cultura tibetana.
Por esse motivo, é reverenciado como o pai da civilização tibetana.