O budismo entrou formalmente no Tibete no séc. VII, impulsionado pelo rei Songtsen Gampo, com a construção dos dois primeiros templos budistas – o Jokhang e o Ramoche – e com a tradução para tibetano do cânone budista.

Nos séculos seguintes, o rei Trisong Deutsen e o rei Tri Ralpachen tiveram um papel fundamental no estabelecimento do budismo no Tibete, com a construção de mosteiros e uma grande dedicação à tradução dos ensinamentos do Buda e de outros grandes mestres budistas.

Contemporâneo do rei Trisong Rinpoche, Padmasambhava, também conhecido como Guru Rinpoche, é considerado como o fundador do budismo tibetano, e por isso uma figura central na história tibetana.

A ampla e profunda disseminação do budismo ao longo dos séculos no Tibete, reflecte-se no crescente número de mosteiros que foi sendo edificado por todo o território.

Estes mosteiros, pilares da própria sociedade tibetana, eram não só instituições religiosas, como também, como centros de cultura, de ensino e exercício de práticas médicas, e de expressão do poder político.

Fruto desta riqueza espiritual, emergiram as Oito Carruagens das Linhagens de Prática do Budismo Tibetano, que se referem às oito principais escolas do budismo tibetano, que foram surgindo ao longo da história do Tibete e que remontam as suas origens à tradição do budismo indiano.

Estas Oito Carruagens são: Linhagem Nyingma, ou Escola da Antiga Tradução; a Antiga Escola Kadampa ou Linhagem de Atisha; Linhagem Sakya ou Escola dos gloriosos Sakyapas; Linhagem Marpa Kagyu;  Linhagem Shangpa Kagyu; Linhagem de Shije e Cho, ou de Padampa Sangye e Machik Lapdron; Linhagem Jodruk, que inclui as Seis Aplicações do Kalachakra; e a Linhagem de Nyendrub.